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RUY BELO

Ruy de Moura Belo, poeta e ensaista , nasceu a 1933, entrou para a universidade de Coimbra como estudante de Direito no ano em que Salazar toma presidência, em 1951. Termina o curso de direito na Faculdade de Lisboa e parte para Roma, e obtem em 2 anos o seu doutoramento em Direito Canónico. Regressado a Portugal, foi diretor literário da Editorial Aster, chefe de redação e ainda, investigador na FLL, entre outros cargos.

Apesar do seu curto período de atividade literária, Ruy tornou-se um dos maiores poetas portugueses da segunda metade do séc. XX, tendo obras editadas e reeditadas inúmeras vezes e igualmente premiadas.

Com uma poesia com temáticas que se diferenciam das outras, "uma incessante reflexão sobre o tempo e a morte, e a incerta identidade do sujeito que em vão procura o lugar originário onde se encontraria, o ser na sua totalidade. A incerteza e uma profunda frustração, muitas vezes impregnada  de uma trágica ironia, dominam esta procura do lugar ontológico e da degradação existencial,” -  a poesia de Ruy Belo por António Ramos.

Num dos seus poemas mais famosos “Tudo era Possível” em “Homem de Palavras”, o sujeito poético fala já na sua juventude antes de se aventurar mundo fora e envelhecer, ele já entendia a vida para além da dependência parental. Ele remete à época que era jovem e sonhador e quando (dependia) das páginas dos livros e da natureza. Refere-se à infância como uma fase simples da sua vida, fazendo a metáfora do “sonho” e “realidade”. Sendo o sonho a sua infância, “havia paraas coisas sempre uma saída” e “tudo era possível era só querer”.

Relativamente á parte externa do poema, este está divido em 4 estrofes, 2 quadros e 2 tercetos. E apresenta uma rima irregular

Existe uma crítica irónica da realidade social  e uma denúncia de vários problemas que perturbam o homem, na sua vida espiritual e religiosa, até existencial e social. Ele intervem e mostra na sua poesia a vontade de mudança. Nas suas críticas, reflete temas como a morte recorrentemente e anglicanismos, como se pode notar, por exemplo, “Na Morte de Marilyn”.

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